Aprender, estudar, construir o conhecimento exige esforço, dedicação, trabalho. O conquistar algo pelo esforço próprio, trabalho e dedicação também é prazeroso! A nossa tarefa, como pais e professores, é dar significado para a criança, tornando prazeroso o que é visto como desprazer”.

(Prof. Samuel R. Lago)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!!!


ALFABETO BRAILLE




História de Louis Braille.




Todo mundo tem ouvido falar sobre o Sistema "Braille" para os cegos. Mas, poucas pessoas sabem porque ele é chamado Braille ou quem era Louis Braille.


No ano de 1812, Louis Braille era um menino.

Vivia ele em Coupvray uma pequena cidade a 40 Km de Paris-França. O pai de Louis tinha uma loja, onde se fabricavam artigos de couro. Um dia em que brincava na referida loja, tendo em uma das mãos uma sovela, instrumento cortante, caiu, enterrando a ponta do instrumento em um dos olhos. Mais tarde, contudo, tornou-se cego dos dois olhos. Embora tivesse apenas sete ou oito anos, já era obrigado a andar com uma bengala. O povo de sua cidadezinha se apiedava, quando o via tão pequeno completamente cego, seguindo seu caminho pelas ruas com uma bengala, a fim de encontrar sua direção.

Poucos anos depois Louis entrou para uma escola para cegos em Paris, Lá aprendeu a ler, isto é, aprendeu a reconhecer as vinte e seis letras, sentindo-as com os dedos. Mas as letras tinham muitas polegadas (cerca de 20cm de largura e altura). Este era naturalmente um sistema muito primitivo de ler. Um artigo pequeno enchia inúmeros livros e cada livro pesava 8 ou 9 libras (3,624 Kg a 4,077Kg). Mais tarde, Louis tornou-se professor nesta escola. Ele, todavia, ansiava por encontrar um sistema de leitura bem melhorado para o cego, mas isto não era fácil. Um dia, em visita à sua casa, ele disse a seu pai: "as pessoas cegas são as mais isoladas do mundo. Eu posso descrever um pássaro distinguindo-o de outro pelo som. Eu posso conhecer a porta de uma casa sentindo-a com a minha mão. Mas há inúmeras coisas que eu não posso ouvir nem sentir. Somente os livros podem libertar os cegos. Mas não há livros para lermos".

Um dia, porém, estava ele sentado em um restaurante com um amigo, que o ouvia ler, pacientemente, um artigo de um jornal. Este artigo era sobre Charles Barbier um capitão do Exército, que tinha um sistema de escrever, o qual podia ser usado no escuro. Ele o chamava Escrita da Noite (night-writing).

Na Night-Writing o capitão usava um sistema de pontos e traços. Os pontos e traços eram construídos no papel, assim a pessoa podia sentí-los com seus dedos. Quando Louis ouviu falar sobre isto, tornou-se muito excitado. Começou a falar e a soluçar.

- "Por favor Louis", disse seu amigo. "O que há? Todos estão olhando para você".

- "Finalmente eu encontrei a resposta para o problema do cego", disse. "Agora o cego pode ser livre".

No dia seguinte Louis foi orientar-se com o Capitão do Exército e perguntou-lhe sobre seu sistema. O Capitão explicou-lhe que usava um punção ou estilete, instrumento com ponta afiada para fazer os furos e tracinhos num papel grosso. Uma pessoa qualquer poderia sentir os furos e traços no outro lado do papel. Certas marcas significavam uma coisa, outras marcas, outras coisas. O instrumento que o capitão usava era do mesmo tipo, que o ferira quando brincava há tantos anos antes.

- "Estou certo de poder usar este sistema, disse Louis, para ajudar as pessoas cegas a ler e lhes dar livros".

Este foi um maravilhoso dia para Louis. Mais tarde ele começou a estudar este novo sistema para usá-lo com o cego.

Estudou diferentes maneiras de fazer os furos e traços sobre o papel. Finalmente, conseguiu um sistema simples, no qual usava seis furos em diferentes posições dentro deste espaço. Ele podia fazer 63 combinações diferentes. Cada combinação indicava uma letra do alfabeto ou uma pequena palavra. Havia também combinações para indicar marcas de pontuação, etc. Breve, Louis escreveu um livro usando o Sistema Braille".

Primeiramente o povo não acreditou, que o Sistema de Louis Braille fosse possível ou prático. Uma vez Louis falou diante de um grupo de pessoas. Ele lhes mostrou como podia escrever fazendo estes furos no papel quase ao mesmo tempo que alguém lesse alguma coisa para ele. Mas não lhe deram crédito. Afirmavam ser impossível fazer isso. Disseram inclusive que Louis decorava o que lhe ditavam. Em toda parte era a mesma coisa, as pessoas não acreditaram nele. Em alguns casos por uma razão ou por outra, eles não queriam acreditar. Até o Governo Francês não queria ouvir nada sobre o Sistema de Louis. Disseram que já estavam fazendo todo o possível para o cego.

Louis continuou sempre a trabalhar com seu Sistema.

Agora ele já era um homem doente. Cada ano tornava-se mais doente. Porém, trabalhava e trabalhava com seu Sistema para torná-lo melhor.

Ele construiu um Sistema de pontos para Matemática e Música. Um dia, uma moça que nascera cega, tocava piano, magnificamente, diante de um grande auditório. Todos se encantaram. Então, a moça lhes disse que não deveriam agradecê-la, por tocar tão bem. Deveriam fazê-lo a Louis Braille, só ele tornou possível o seu aprendizado e sua perfeição no piano. Ela lhes disse também que naquele momento Louis Braille era um pobre homem cansado e doente. Ele estava às portas da morte. Subitamente, depois de tantos anos todos começaram a se interessar pelo Sistema de Louis Braille. Os jornais escreveram artigos sobre ele. O Governo interessou-se também pelo Sistema de leitura para cegos. Amigos foram visitá-lo contando o que acontecera. Louis começou a chorar alto, dizendo:

- "Esta é a terceira vez em minha vida que eu choro. A primeira, quando tornei-me cego. A segunda, quando ouvi falar sobre "night-writing" e agora porque sei que minha vida não foi um fracasso."

Poucos dias depois Louis Braille morre. Tinha, ao falecer, somente 43 anos de idade.

Extraído de The Story of Louis Braille

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Vamos falar de/sobre BRAILLE!

"Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Todos devem participar!

Muitas pessoas tem a falsa ideia de que a criança, ou a pessoa com deficiência está inútil às diversas atividades propostas no cotidiano. Sabe-se portanto, que para cada necessidade, ou melhor, para cada ESPECIFICIDADE, pois, cada ser é único independente de ter ou não, uma das funções (refiro-me a funções: neurológica, motor, física, etc.)comprometidas,as atividades devem ser adaptadas ou estarem de acordo para cada criança para que possam atendê-la, e assim, a mesma possa sentir-se parte de um grupo. E assim, basta apenas um olhar diferenciado para que todos participem, lembrando sempre que, para que essa participação realmente aconteça, o professor precisa estar atento aos limites de cada criança. E então, que tal fazermos a diferença?

quarta-feira, 21 de julho de 2010


Inicialmente quero deixar um poema de Mário Quintana para uma possível reflexão acerca do assunto (D)Eficiência.

Deficiências.

“Deficiente” é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.
“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria.
E só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.
Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
”Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.“Diabético” é quem não consegue ser doce.“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois “Miseráveis” são todos que não conseguem falar com Deus.